O jejum é a melhor forma de limpeza do nosso corpo e faz parte de processos de Detox.
Na verdade, nosso corpo por milhares de anos foi adaptado a ficar longos períodos em jejum, mas com os hábitos modernos isso foi se perdendo.
Essencialmente, o jejum limpa nosso corpo de toxinas e força as células a processos que geralmente não são estimulados quando um fluxo constante de combustível dos alimentos está sempre presente.
Quando jejuamos, o corpo não tem seu acesso usual à glicose, obrigando as células a recorrerem a outros meios e substratos para produzir energia. Como resultado, o corpo começa a gliconeogênese, um processo natural de produção de seu próprio açúcar.
E quais são os principais benefícios?
- Melhora do controle da insulina:
Diminuição da insulina em jejum e da resistência à insulina.
Um estudo feito com 10 pessoas com diabetes tipo 2 mostrou que o jejum intermitente de curto prazo diminuiu significativamente os níveis de açúcar no sangue. Enquanto isso, uma revisão descobriu que tanto o jejum intermitente quanto o jejum em dias alternados foram tão eficazes quanto limitar a ingestão de calorias na redução da resistência à insulina. - Renovação celular:
Causa a chamada autofagia, que é um mecanismo de auto limpeza e renovação das células do corpo. - Emagrecimento:
Pode potencializar a perda de peso e diminuição de gordura visceral.
Algumas pesquisas mostraram que o jejum de curto prazo pode impulsionar o metabolismo, aumentando os níveis do neurotransmissor norepinefrina, o que pode aumentar a perda de peso. - Melhora de foco concentração e saúde mental:
Aumento da proteína BDNF no cérebro e melhora o funcionamento cerebral.
Em particular, estudos em animais sugerem que o jejum pode prevenir e auxiliar no tratamento de doenças como Alzheimer e Parkinson. Mais estudos direcionados estão sendo realizados para avaliar os efeitos do jejum na função cerebral em humanos. - Estimula a produção de HGH:
O aumento do hormônio do crescimento no corpo ajuda na queima de gordura e ganho de massa muscular.
Um estudo mostrou que o HGH, o hormônio do crescimento, é estimulado pela realização do jejum. Embora esteja relacionado ao ganho de altura, o HGH também é responsável pela queima de gordura. Isso porque ele transporta a gordura armazenada para a corrente sanguínea para ser usada como energia. - Longevidade:
Diminuição do envelhecimento e aumento da expectativa de vida das células.
Vários estudos em animais encontraram resultados promissores sobre os efeitos potenciais do jejum no prolongamento da vida.
Em um deles, ratos que jejuaram a cada dois dias experimentaram uma taxa de envelhecimento retardada e viveram 83% mais do que ratos que não jejuaram. Outros experimentos com animais obtiveram resultados semelhantes, relatando que o jejum pode ser eficaz no aumento da longevidade e nas taxas de sobrevivência.
- Biogênese Mitocondrial:
Aumento de mitrocôndrias, que são responsáveis pela produção de energia que dos carboidratos e gorduras.
Elas oxidam esses nutrientes, ativando a produção de ATP, o combustível energético do corpo.
Quem não é recomendado jejum?
- Gestantes
- Lactantes
- Quem está abaixo de um peso saudável.
- Quem tem uma alimentação de má qualidade.
- Quem faz uso contínuo de alguns medicamentos específicos, deve consultar o médico.
Alimentos que não quebram jejum:
- Água
- Limão
- Glutamina
- Chás (sem adoçar)
- Café (sem adoçar)
- Ervas
- Raízes
- Temperos
Principais protocolos de jejum intermitente:
- 16/8:
Jejum por 16h e ter uma janela de alimentação da 8 horas diárias. - 5 por 2:
Comer apenas 500 a 600 caloria sem dois dias não seguidos da semana, Alimentação normal nos outros 5 dias. - 24 horas:
Jejum de 24hs 1 ou 2x por semana e alimentação normal nos outros 5 dias.
Dicas para quebrar o jejum:
- Consumir proteínas de qualidade.
- Consumir Gorduras boas como oleaginosas.
- Evitar refeições ricas em carboidratos.
Fontes
Boulder Medical Center, Healthline, Science Daily e Harvard Health Publishing